sexta-feira, 29 de abril de 2011

Saladanada

 Eu vi uma poesia,
Feita com gosto,
Sabor e cheiro,
T inha nela um tempero,
Um gosto que  não se sabia,
Se era de amor,
Ou  se era de apego,
Era doce como pudim,
Parecia  uma salada,
Feita de letras douradas,
  Com  palavras  arrumada,
Uma  saladanada,
Com palavras fatiada,
Feito carne assada,
 E tinha  mdelo,
Era como mesa arrumada,
Pra jantar a luz de vela,
Me sentei  matei a sede ,
Comi sem fome,
Temperei minha vontade,
Degustei  poema ,
 Montei  sonhos em tela  inteira,
Com  estampadas colotidas,
Montei um tapete 
Fui cortando, fui juntando,
Os retalhos apaixonados,
Mas o ritual  era de  sopa,
Sem gosto e sem  cheiro,
 Na receita sem tempero,
Nem tinha sal , nem azedo,
O sabor que nela tinha,
Não vinha  do meu terreiro,
Lá em nós , até
O  galo quando canta,
Deixa gossto e tempero,
Como poema,
De poeta verdadeiro.



Desconfiada

Magestade a ti confeso,
Não sou fã da teoria,
Adoro escrever a revelia,
Escrevendo este poeminha,
Fiquei  meio desconfiada,
Faltou cumplicidade,
 Não senti  musicalidade,
É preciso sencibilidade,
Para um poema ensaiado,
Na certeza de encontrar aliado,
Vou me embrenhar nos arvoredos,
Buscar inspiraçao nas flores,
Firmar  parceiria com a natureza,
 Fazer  pacto com a amizade,
Mapear poetas nas cidades,
 Pedir ajuda aos santos,
Aos anjos e aos poetas,
Pra não parecer com pateta,
Só  Santa Rita de Cassia,
Pra  dá conta desse enrredo.