sábado, 23 de março de 2013

Sem concerto

Não tem minhas poesias,
Uma palavra correta,
São todas incertas,
Não tem acento,
Nem circunflexo,
Sem virgula,
Sem ponto final,
Ou interrogação,
Existem muita exclamação,
Sempre falta pontuação,
Nem é conto nem   contação,
O que se escreve ,
E o que sai da imaginação,
É concebido com nossa interação,
Falo das emoções,
A minha e a sua,
E tenho dito;
Nesse ninho de sonho,
O pensamento voa,
O coração soa,
Me escondo neste texto,
Pontuação é pretexto do texto,
Fica para depois,
Quem sabe um dia me lembro e corrijo.




Fazer o que?




Eu não sei o que falar,
Muito menos poemar,
Não sou poeta, nem poetiza,
Não sei ao menos engendrar,
As vezes faço um remendo,
Para contigo falar,
Falo coisas sem sentido,
Sinto coisas sem falar,
Te carrego aqui o peito,
Como uma rosa a desabrochar,
Tanto faz tu entender,
Como pedir para explicar,
Quando misturo as palavras,
Elas  vão te conquistar,
Pode entrar em uma delas,
Só ela pode falar,
Elas param e caminham,
Se perdem na encruzilhada,
Mas nunca vão te deixar,
Tu é o meu poema,
Poema vivo a te procurar,
Qualquer um dia desses
 Eu sei!
 Ou te acho,
Ou tu me acha,
Ou nos achamos,
Fazer o quê!
Eu não sei o que escrever,
Escrevo para confundir.