terça-feira, 12 de abril de 2011

Marcas

Terra minha que me tem,
Minha vida é pisar nela,
Ela que vai me levando,
E meu  rastro desenhando,
Nesse vai e vem,
 Nosso amor  vai se estreitando,
Seus mistérios bem escrito,
No jeito de ser, tão belo,
 Um deserto, meu celeleiro,
 Foi marcada minha infância,
As marcas  cravada nela.
Na geografia seu corpo,
Tem subida, tem decida,
 Tem deserto com  florido,
Tem mansidão a caatinga,
Tem coisa que nem estudo  revela.
As rochas que brotam dela,
Ali minha alma congela.
Me vendo no seu espelho,
 No peito a imagem  apela,
Uma  parte só tem ouro ,
Na outra  chellita tem,
Tem cascalho,
Tem brilhante,
Nessa rocha tudo tem.
Metade de mim ela tem,
A outra metade também,
Que desmancha feito relva,
Escapa de mim vira pedra,
E eu me desenhando convém,
Viver ruminando o cheiro dela.
 Me enlaça sem desdém,
No seu tapete amarelo,
Me lembro de cochilar,
Agarradinha com ela,
Estando noutro lugar,
Me vejo enroscada nela,
Feito abraço de amante,
Sem lugar e sem ter hora.





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